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Resumos parte 1

Capítulo 1

Getúlio Dornellas Vargas, quarto filho do general Manoel do Nascimento Vargas, havia sido preparado para ser militar, mas o futuro lhe preparou algo surpreendente.

Ele será o ditador do Novo Estado, dará origem a uma revolução, uma verdadeira jogada de mestre originada através da política do Café com Leite, entre São Paulo e minas Gerais, que o envolveu mesmo ele sendo do Rio Grande do Sul.

Gabriel, um gaúcho de 6 anos, viu seu pai morrer. O garoto ainda viveria muito, um século talvez. Seu filho lançará um livro que narrará a morte de Horácio Enéas Flores.

“Uma época de Revolução de 3 de outubro de 1930, comandada por ele, Getúlio, e articulada por seus amigos, Osvaldo Aranha e João Neves da Fontoura com mineiros e paraibanos, esmagará,  sepultando a política do ‘café-com-leite’, a alternância no poder central, com raras exceções, de políticos de São Paulo e Minas Gerais.” (página 8)





Capítulo 2

Getúlio nasceu em 19 de abril de 1882, estava com 54 anos, era um homem bem informado e estava a espera de João Neves. Sentia falta dele, mas não falava.

Ele havia aprendido muita coisa com várias pessoas, e sabia de tudo que a população brasileira passava, de toda sua miséria, e tinha a certeza de que o Brasil não iria evoluir sem a industrialização.

João Neves havia criado um livro contra o governo de Getúlio, mas Vargas não dava muita importância para isto.
O irmão mais velho de Gabriel exerceu o papel de jornalista no Diário do Interior, as notícias sempre chegavam rápido a casa do garoto, então ele sabia de tudo que estava acontecendo.

“João Neves carregara a Revolução de 1930 nas costas, mas não soubera compreender os seus desdobramentos. Tentara ignorar que uma verdadeira revolução dificilmente consegue evitar os expurgos, os excessos e o terror.” (página 14)






Capítulo 3

O Brasil estava com um grande número de conflitos. Houve os 18 do Forte, conflito onde todos os 18 jovens envolvidos morreram. Getúlio havia assistido toda a confusão de longe, no Rio Grande do Sul.

Gabriel ouvia muitas histórias pelas ruas de Santa Maria. Em 1926 ocorreu naquela mesma cidade um tiroteio. O combate durou 26 horas.

“A vida, dirá um dia Getúlio, um tecido de fios e de vidas partindo de lugares muito diferentes em busca de uma mesma luz misteriosa, a luz que dá sentido.” (página 19)






Capítulo 4

João Neves não sabia como seria encontrar com Getúlio, e de alguma forma também sentia saudades. Lembrava-se de como o havia conhecido, de 1930, pensava em tudo.

Ele havia sido traído em 07 de outubro de 1930 por Vargas, pois Getúlio iria seguir para o campo de operações, mas deixou o governo do Rio Grande do Sul  com Osvaldo Aranha, e não nas suas mãos. Vargas logo tratou de corrigir o erro, mas não conseguiu.

Neves estava atrasado e sabia que Getúlio não gostava de atrasos, então se apressou.

Gabriel se apaixonou por uma trapezista do circo que esteve em Santa Maria em 1926, quando ele tinha 14 anos. Então decide seguir o circo, mas não consegue conquistar a amada.

“A revolução não foi feita para perdoar, mas para punir.” (página 25)




Capitulo 5

      Com o objetivo de fazer com que Artur Bernardes renuncie o poder, o gaúcho Isidoro Dias Lopes comanda uma rebelião em São Paulo. Fernando Prestes foi convidado a assumir, mas disse que só iria aceitar se Carlos de Campos também renunciasse.

      Aviões do exército bombardeiam a cidade de São Paulo causando muito pânico. Um dos destaques da revolta foi Joaquim Távora.

Em Três Lagoas, a revolta sofreu a pior de suas derrotas, onde boa parte do seu batalhão morreu ou ficou ferido.

     Estes tenentes então se unem a Luis Carlos Prestes e forma a Coluna Prestes. O grande objetivo da coluna era derrubar o governo. Com esta jornada pelo Brasil, os integrantes da coluna puderam perceber como estava o país e toda a sua pobreza. A Coluna Preste não venceu a guerra, mas mostrou os tenentes um Brasil com muita desigualdade.

     Gabriel acabara de perder seu emprego por ter ido atrás da trapezista. Estava escrevendo para o tio, seu grande sonho era estudar no Colégio Militar de Porto Alegre, mas lembrou-se que o tio não recebia salário fixo por ser pintor, e o que ganhava poderia não ser suficiente, então rasgou a carta.

     ”A coluna Prestes não venceu a guerra.Revelou o Brasil para os tenente que pensavam conhecê-lo como ninguém.Eles mergulhavam na aventura com muitas certezas.Saíram dela cheio de dúvidas e de cicatrizes.Nunca mais seriam os mesmos.Nem o Brasil.Haviam passado do mapa à realidade.”(página 33).






Capitulo 6

Com a demora de Neves, Getulio começou a achar que ele não viria mais, então voltou a sentir o mesmo que na infância, a solidão, pois quando pequeno não gostava de fazer nada com os meninos da sua idade. Continuou a esperar João e uma lembrança veio em sua mente, quando foi candidato à presidência. 

Isto teve início quando Washington Luis, atual presidente da república, rompendo a política do Café-com-Leite, indicou Julio Preste de Albuquerque para ser o seu sucessor. Neste mesmo tempo, João Neves estava tentando convencer Getúlio a se candidatar, mas isto só seria possível se Minas Gerais o apoia-se.

     O secretario do Interior do Governo de Minas Gerais, Francisco Campos envia uma carta a João Neves comunicando que iria apoiar a candidatura de Getúlio ou a de Borges de Medeiros.

     As coisas parecem estar indo no caminho certo para Vargas. Borges não aceitou a proposta, e Washington Luis estava com dificuldades em ajudar Júlio Prestes na campanha. O escolhido para vice-presidente foi João Pessoa, da Paraíba. O acordo entre estes três estados chamou-se Aliança Liberal.

O exército precisava de voluntários, então com 15 anos, Gabriel entra para o exercito, mesmo não tendo a idade suficiente para isto. Ele foi chamado para limpar as escarradeiras, esta foi sua primeira missão.

“Ele se equilibra prazerosamente entre os emissários do ‘Enguia’, apelido do escorregadio mineiro Antônio Carlos, os lances do ‘Mandão’, Washington Luís, famoso por outra frase sutil, ‘comigo é na madeira’, a hesitação do ‘Getúlio’, como Vargas ficará conhecido, ‘capaz de tirar as meias sem descalçar os sapatos’. (página 42)







Capitulo 7

A cada minuto que passa, Getúlio tem a certeza que Neves não viria mais, chamou-lhe de indeciso mentalmente, e o criticou.

Em 5 de janeiro de 1933 Góis Monteiro procurou Getúlio para mostrar uma carta assinada por Srs. Neves, Pilla e Mélega, que eram representantes da frente única, convidados para participar de um movimento a fim de derrubar o atual governo e substituí-lo por um governo coletivo até um constituinte.

     Para tentar acusar mais ainda a Aliança Liberal, apoiadores de Prestes enviaram um telegrama ao Ministro da Justiça contando fatos fictícios ou aumentando a gravidade dos acontecimentos. O jornalista Aurino de Morais, então conta outra versão onde ele defendia a Aliança Liberal.

      Nas eleições, os políticos como sempre usaram as fraudes.

     A vida no exercido era um pouco complicada, mas Gabriel mesmo assim estava feliz. Ele pensa em subir na carreira, pensava nas gurias e nas folgas.

“Diz ao Jornal do Comércio que será legitimo a sociedade responder a fraude com a ‘força de sua vontade soberana’. Ou seja, com a força das armas. Só admite a derrota dentro da legaTlidade. Quer um jogo limpo.” (página 62)

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